terça-feira, 15 de abril de 2008

The prime suspect


Hoje mesmo ouvi a historia do R.T. e do T.D., dois advogados vindo de dois dos mais prestigiosos escritorios de advocacia de Londres que estavam fazendo um HH em um bar em Roppongi, sobre o fato de terem sido violentamente abordados por policiais sob suspeita de terem praticado algum ato criminoso. Isso ainda que o bairro estivesse repleto de negoes em comportamento suspeito (mas eles estao imunes a estes aborrecimentos por trabalharem nas casas noturnas da regiao, dominadas pela mafia). Some-se a isto o fato DA J.M. (destacado para nao acharem que sou eu), advogada vindo da maior firma autraliana, ter sido detida uma vez por nao andar pela rua sem o seu "alien card", a RNE daqui.

Talvez ja tenha citado o fato de que o alienigena e sempre o suspeito numero 1 para qualquer crime praticado aqui (com excecao de estupro, geralmente cometido por marines americanos). Ainda que na TV so saia noticiario de crime praticado por nacionais, enquanto nao se tem ideia de quem e o suspeito, invariavelmente anuncia-se que um estrangeiro e o procurado.

Bom saber que posso cometer qualquer crime barbaro em qualquer lugar do mundo que vou ser sempre o ultimo da lista de suspeitos!

domingo, 13 de abril de 2008

"Enviado de meu BlackBerry®"

Parece que a ultima moda no Brasil e responder a todas as mensagens pessoais atraves do proprio BlackBerry®.

Alias nao seria errado dizer que a mensagem foi enviada do PROPRIO BlackBerry®? Sem falar que essa mensagem e no minimo ridicula. Certo nao seria dizer BlackBerry® de OUTREM, uma vez que quem comprou foi a firma? E se foi VOCE MESMO quem comprou, deixa pra la, particularmente acho que foi um mal negocio.

Um celular normal daqui, desses que se compra por um yen, ja vem com todas as funcoes que sao encontradas em um BlackBerry®. O problema e ficar digitando e-mail em um teclado ordinario de doze teclas, demora pacas. E por isso o japones prefere carregar o seu ultra fino e leve laptop de 50 g para poder terminar a planilha de dentro do trem, em vez de carregar um troco que nao e pratico enquanto celular - pelo espaco ocupado - nem enquanto laptop - pelas limitacoes funcionais.

E por falar em fazer as coisas pela metade, alguem no Brasil ainda usa o celular pra fazer ligacoes?

No Japao, pelo menos, a funcao menos usada do celular e justamente aquela que deveria ser a sua razao de existir. Voce ve a japonesada fazendo de tudo, desde mandando e-mails, pagando contas, acessando o GPS, fazendo compras, vendo televisao, ouvindo musica, armazenando dados, fazendo anotacoes... mas falando ao celular, nunca!

Alias pra mim o celular e um divisor de aguas. A imagem mais forte que eu tinha do Japao, aquela da bolha, era entrar no trem e ver todos os 300 passageiros do vagao lendo “manga”. Hoje em dia voce ve a mesma imagem, com todos os 278 do mesmo vagao (menos passageiros porque a populacao diminuiu de la pra ca) de cabeca baixa, mas todos mexendo freneticamente no celular.

E deve ser coisa antiga, mas descobri outro dia que e possivel interagir com anuncios a partir do celular.

Funciona assim: voce ve uma campanha publicitaria no metro, encosta seu celular nele e ele automaticamente faz o celular acessar o site do anunciante. Obviamente que o objetivo e fazer aquele que acessa o site comprar alguma coisa no impulso. E o cumulo do consumismo, mas experimentei outro dia e achei foda demais. Senti que realmente estou em Toquio.

E falando em interatividade com campanhas publicitarias, acho muito bacana aqui o fato de poder assistir no site do anunciante a “continuacao” de determinado comercial. Nao que o comercial nao transmita a sua mensagem por inteiro, mas ao final do informe sempre aparece uma mensagem instigando o espectador a acessar o site da empresa ou do produto para ver o desdobramento da historinha contada na TV.

Nao sei onde a tecnologia vai nos levar, mas acho que sei qual sera o proximo passo: todo mundo protagonizando um comercial.