segunda-feira, 7 de maio de 2007

A regra e clara!

Nao quebrar regras e o principio basico do japones.

Bonito na teoria mas pouco pratico na vida cotidiana.

Por exemplo, no farol de pedestres.

Nao importa se nao tem nenhum carro passando na rua - como naquelas cenas Looney Tunes em que o Coiote olha para um lado da estrada e nao ve nenhum carro no horizonte, ve o outro lado e a imagem se repete - se o sinal para pedestres esta fechado, todo mundo aguarda pacientemente a sua abertura. Eu ja liguei o foda-se desde o comeco e hoje to tao malandro que nem faixa de pedestres eu respeito.

Alias essa historia de faixa de pedestres tambem e curiosa. Outro dia estava olhando do alto de um desses predios um dos cruzamentos com as faixas de pedestres com maior fluxo de gente por minuto do mundo e vi que ninguem, mas absolutamente ninguem, atravessava fora da faixa. As pessoas pareciam mesmo formiguinhas, uma andando atras da outra. Um espetaculo inimaginavel em qualquer outro lugar do planeta.

Mas nao e so na hora de atravessar a rua que violo regras. Faco-o tambem no trampo. E diariamente.

Noventa e nove ponto noventa e nove por cento das mais de 5000 pessoas que trabalham no predio vem de metro e, consequentemente, a partir das nove todas se afunilam a partir da entrada a partir da estacao do metro para atravessar a porta de entrada para o hall dos elevadores.

A cena e ridicula e e motivo de piada entre os estrangeiros que la trabalham, ja que ao lado desta porta de entrada, em que todo mundo fica se acotovelando, ha uma outra, exatamente igual em forma e tamanho, mas que ninguem (com excecao de um outro ousado) passa. So porque nesta porta esta escrito "saida".

Como ja dizia o Arnaldo...

domingo, 6 de maio de 2007

Silencio

Esta semana foi a primeira semana de vida conjunta com a Sue. Perfeitamente compreensivel o silencio de mais de uma semana, nao?

Se a minha cama falasse

Agora que a minha amanda esta comigo, tive que reorganizar um pouco o (exiguo) espaco que esta disponivel para nos.

O primeio passo foi pedir uma cama de casal. Diante da indisponiblidade de uma, pedi entao que fosse instalada mais uma de solteiro no quarto.

Comecou entao uma verdadeira odisseia.

O problema nao era exatamente a falta de uma cama extra. Mas sim a impossibilidade (ou falta de vontade politica, sei la) de uma interpretacao razoavel das regras condominiais.

A origem do problema e que formalmente o meu apartamento e de solteiro e, assim, nao poderia comportar mais do que uma cama de solteiro. Se eu quisesse mais uma cama, teria que mudar para um apartamento duplo, porque a regra e clara no sentido de que 2 camas de solteiro, so em apartamento duplo.

"Ok", falei. O fato de quererem me colocar num quarto duplo e porque para fins de cobranca isso faz diferenca e para o controle do condominio, o numero de apartamentos simples e duplos nao poderia ser alterado. A solucao do problema era aparentemente simples, bastaria eu pagar o valor equivalente a um ape duplo, retirar uma cama de um quarto que atualmente e duplo, transfoma-lo em simples e transformar o meu, que e simples, em duplo, tudo isso com a simples transferencia de uma maldita cama de um apartamento para outro. Simples assim, nao faria diferenca nenhuma, afinal o espaco disponivel em um e outro e absolutamente o mesmo.

Mas de nada adiantou gastar meu japones durante meia hora com argumentos aparentemente irrefutaveis para evitar todo o transtorno que fomos obrigados a enfrentar por causa de uma cama. Tamanha foi a resistencia em querer mover uma cama de um ape para outro que parecia ate que ela estava concretada.

Resultado, depois de tomar uma canseira, vi que se quisesse mais uma cama, teria que me mudar.

Mas como nada e facil neste pais, a odiesseia nao terminou por ai.

Para eu realizar a mudanca, nao bastaria eu simplesmente pegar as tralhas, pegar o elevador para subir um andar, onde ficaria o novo ape e voila, terminar a mudanca.

Tive que fazer o check-out do ape do quarto andar as 10h, fazer a Sue esperar quatro horas no terreo para ela fazer o check-in as 14h00 no novo ape (era dia de trampo, entao infelizmente nao pude ficar para ajuda-la no procedimento...) para finalmente podemos nos mudar para o novo lar, no quinto andar, exatamente como manda o maldito sistema.

Apesar de saber que a falta de flexibilidade e um problema comum aqui, vou te dizer que essa japoneisada ja pega pesado demais no formalismo excessivo.